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Caminho dos Direitos Humanos (Brasília)

Location: 
, Brasília - Distrito Federal
Data de inauguração: 
quinta-feira, 22 Novembro, 2018
Tipologia: 

Parte das comemorações dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a obra de arte O caminho dos direitos humanos foi inaugurada, no dia 22 de novembro de 2018, na saída da estação de metrô Galeria dos Estados, na cidade de Brasília.

Os caminhos dos direitos humanos

O painel de cerâmica é assinado pela artista plástica belga Françoise Schein. As pinturas nos azulejos, que remetem à declaração, foram feitas por estudantes de duas escolas da rede pública de ensino do DF: o Centro Educacional 11 de Ceilândia e o Centro Educacional Gisno.

Para o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, a obra é importante para lembrar a população diariamente sobre a importância dos direitos humanos: “Ao respeitá-los, teremos uma cidade mais solidária, respeitosa, amorosa. Uma sociedade que não só perceba as diferenças, mas as valorize como algo natural, bonito”, resumiu.

As instituições foram escolhidas por concurso que selecionou os desenhos para compor o maior painel, produzido com a técnica de azulejos. A obra tem, aproximadamente, 110 metros quadrados (m²). Cada uma das unidades de ensino participantes também recebeu a instalação de um painel menor, com 6 m². Um dos estudantes que ajudou a criar a obra de arte, Anderson Maciel, de 14 anos, do Centro Educacional 11 de Ceilândia, conta o que aprendeu ao participar da iniciativa: “Esse projeto nos apresentou cada um dos direitos humanos e nos deu liberdade de expressão, permitindo que mostrássemos compreensão do que foi apresentado dentro de sala. Aqui represento não só a minha voz, mas a de muitos outros jovens.”

Os caminhos dos direitos humanos

Segundo o belga Philippe Nothomb, representante da Associação Inscrire, instituição que orientou o projeto e é referência mundial na criação de trabalhos artísticos e pedagógicos na área de direitos humanos, a ideia original surgiu no Rio de Janeiro. Lá, a artista plástica Françoise Schein coordenou, há seis anos, sua primeira obra colaborativa seguindo essa linha, com um grupo de mulheres das comunidades locais. "Ela veio fazer sistematicamente esse trabalho participativo. É isso que estamos defendendo aqui, porque você vê o impacto incrível sobre as pessoas. Esse desenho fica no muro por muitas gerações", afirma.

Presente na inauguração, o secretário nacional de Cidadania, Herbert Barros, destaca que a luta pela proteção dos direitos humanos é contínua. "Esse é um tempo muito relevante para gente fazer uma reflexão sobre isso, sobre quais são os direitos humanos, qual o valor dos direitos humanos. E no marco dos 70 anos da declaração há uma necessidade de olharmos para trás e entendermos a razão de ela ter sido escrita, que é a razão que nos inspira a continuar lutando pelo direito de todos e todas, independente da condição social, da condição de renda, de classe, sexo, orientação sexual, religião. Direitos humanos são para todos e são de todos."

A iniciativa também conta com o apoio da Organização das Nações Unidas e da Aliança Francesa.