O rei belga começou o dia com o usual banho de mar em Copacabana. No meio da manhã, foi para o Derby Club, onde a colônia belga havia preparado uma recepção para o soberano.
As 10:30 o rei chegou, acompanhado do ministro do Brasil em Bruxelas, Sr. Barros Moreira, do secretário do rei Max-Léo Gerard, do coronel Tilkens e do major Dujardin e demais pessoas da comitiva. O Sr. Teixeira Soares, como presidente honorário da Câmara do Comercio Belga, fez o elogio dos esforços da colonia belga no Brasil. O Sr. Delcroix fez um discurso sobre a Sociedade Beneficente Belga, e o Sr. Terroir falou sobre a atividade dos belgas no Brasil. O Rei Albert honrou a Société Belge de Bienfaisance e anunciou que doravante poderiam usar o titulo "Royal" (Real).
Às 14 h, rei Albert I visitou com o presidente Epitácio Pessoa o Instituto Oswaldo Cruz. Foram recebidos pelo doutor Carlos Chagas, bacteriologista-parasitologista e aluno de Cruz, e seus assistentes.
(Revista Alberto Careta 641 - 1920: Em primeiro plano, da esquerda para a direita: Epitácio Pessoa, presidente da República, Rei Alberto e Carlos Chagas.
Às 17 h, a rainha Elisabeth foi visitar o Museu Nacional, tendo sido recebida pelo professor Bruno Lobo, diretor da instituição, que a presentou com um livro contendo os arquivos do museu ”ricamente encadernado”.
O ministro da Marinha, Raul Soares, foi convidado para o almoço que os reis ofereceram no dia 26 na legação da Bélgica. O casal real foi visitado, no Palácio da Guanabara, por Max Fleuiss, Carlos de Laet, Ramiz Galvão e por Fontoura Xavier, embaixador do Brasil em Londres.
A imprensa belga elogiou o Brasil e os brasileiros pela acolhida a seus soberanos.
O Paiz, 26 de setembro de 1920
Livro "Visita da família real belga ao Brasil, 1920. - São Paulo: FAAP, 2010.
Foto: Instituto Osvaldo Cruz - Rio de Janeiro