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Usines de Braine-le-Comte (1853 - ?)
A partir de meados do século XIX, Braine-le-Comte desenvolve-se rapidamente, entre 1840 e 1890, a população quase duplicou,e tornou-se um centro industrial. Isto aconteceu graças ao desenvolvimento da ferrovia. Fábricas de algodão, vidro, poços de areia, papeteries, cartonneries e "Les Usines Braine-le-Comte S.A. ", que fabricam principalmente material circulante e fixo para vias férreas, estabeleceram-se em Braine. E seus produtos foram exportados para muitos países, entre eles, o Brasil.
Achamos um anúncio comercial da companhia "van Erven & Cia." com endereço no Rio de Janeiro, representantes da "Société Anonyme Usines de Braine-le-Comte", fundada na Bélgica em 1853.
No Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro para 1882 (ed. 39) encontramos outra menção à firma Van Erven & Irmãos. Consta ali que seus sócios eram o Jacob van Erven, Francisco van Erven e João van Erven. A firma importava máquinas e estava estabelecida à rua Gonçalves Dias, 56.
Jacob van Erven (Cantagalo (RJ), 04/04/1844 - Cantagalo (RJ), 13/07/1895) era engenheiro civil formado pela Universidade de Gand, na Bélgica, em 1871. O seu pai, Jacobus Gijsbertus Paulus van Erven (ou Jacques Guibert Paul van Erven), foi batizado em Utrecht, Holanda, em 01/08/1800 e faleceu em Bordeaux, França, em 4/07/1867. Conforme o Almanaque Laemmert, Jacob era agrimensor em Euclidelândia em 1879 e Superintendente de Instrução Pública em Cantagalo em 1885. Jacob foi um dos colegas brasileiros de Luis Cruls, na universidade de Gent, que influenciaram sua vinda para o Brasil. O belga Luis Cruls foi encarregado, em 1892, de chefiar a comissão destinada a fazer estudos e demarcar área no Planalto Central para a instalação da nova capital do país.
O seu irmão mais novo, João van Erven Sobrinho (Nova Friburgo, 1845 - Rio de Janeiro, 1918) estudou também na Universidade de Gent (ano letivo de 1865/1866).
Fontes:
- http://familiavanerven.blogspot.com.br/...
- email de Domingos van Erven recebido 14 de julho de 2015
Texto e pesquisa: Marc Storms