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Inauguração da exposição
Após muitos anos de pesquisas documentais e iconográficas no Brasil e na Bélgica, intercâmbios com historiadoras catarinenses e belgas e muita mobilização das famílias descendentes no Vale do Itajaí, foi aberta no dia 10 de junho, a exposição no Casarão Belga, Rua Ricardo Paulino Maes 257 em Ilhota, Santa Catarina.
A cerimônia oficial de inauguração, coordenada pelo curador da exposição Sr. Marc Storms contou com muitas presenças e emoções. O Embaixador da Bélgica, Sr. Patrick Herman, acompanhado pelo Cônsul da Bélgica para São Paulo e região Sul, Sr. Thomas Maes, e os cônsules honorários de Florianópolis (SC) e Campinas (SP), Sr. Jeroen Servaes e Sr. Damien Grimmelprez, arrancou aplausos no início da cerimônia. “ Ilhota é parte da história brasileira, um país tão acolhedor que conta com uma pequena porção belga no seu DNA”, discursou o Embaixador, em uma das suas últimas atividades no Brasil. O futuro Embaixador, Sr. Peter Claes já conhece Ilhota da sua visita como então Cônsul Geral de São Paulo em 2009, na ocasião da Primeira Expo Belga.
Thomas Maes - Patrick Pauwelyn - Sueli Ana dos Santos - Marc Storms - Joel José Soares - Patrick Herman - Damien Grimmelprez
Foto: Raul Neves - TV Gaspar
A Diretora do Museu de Itajaí Sra. Evelise de Moraes e autoridades locais dos municípios de Ilhota, Gaspar e Penha e do Estado de Santa Catarina, o vice-prefeito Joel José Soares de Ilhota e o prefeito de Gaspar, Kleber Wan-Dall prestigiaram o evento. A noite contou com cobertura dos meios de comunicação de Gaspar . A exposição é fruto de um projeto aprovado pela Lei Rouanet e contou com a participação de três empresas belgas sediadas no Brasil que patrocinam o projeto. Estavam presentes o Sr. Patrick Pauwelyn da Impextraco e Sr. Damien Grimmelprez da Parafix. O Sr. Lars Muller da Bekaert Deslee enviou saudações, assim com o Cônsul Geral de São Paulo, Matthieu Branders.
A Presidenta da Associação Ilha Belga, Sra. Sueli Ana dos Santos, descendente das famílias belgas Vandergucht e Vilain, saudou as pessoas presentes e parabenizou o curador pelo “belo e importante trabalho para a história da imigração belga no Vale do Itajaí, cuja maior herança são as pessoas descendentes”. Marc Storms ressaltou que esta é a primeira exposição sobre uma colônia belga no Brasil que não trata apenas da história, mas da memória e presença atual das famílias na região catarinense.
Sueli Ana dos Santos - Marc Storms
Foto: Raul Neves - TV Gaspar
Os personagens centrais foram certamente as famílias descendentes que, com muito entusiasmo, passaram os olhos e o coração nos painéis construídos para a exposição, com design da ilustradora Ana Starling da Bizu [estúdio e editora]. Espaços criados pela curadoria também incluem 173 árvores genealógicas, construídas detalhadamente por Daniel Hostins, vice-presidente da Associação Ilha Belga, fruto de uma grande pesquisa desde as primeiras colonas e colonos e que envolve cerca de 64.000 pessoas. O mapa interativo da Bélgica, propiciou outro momento emocionante quando as pessoas descendentes buscavam a cidade de onde partiram suas antepassados e antepassados. O vídeo Memórias que se cruzam no Vale do Itajaí realizado pela TV Gaspar a partir de roteiro de Marc Storms, com depoimentos de descendentes mostrou ser um instrumento importante de resgate da memória e afirmação da presença belga atual no Vale do Itajaí.
Família Hostins indicando a cidade Wingene de onde vieram seus antepassados
Foto: Mara Luz
Descendentes belgas assistindo o vídeo
Foto: Mara Luz
Arvores genealógicas - Reproduções de documentos originais - Livros
Foto: Mara Luz
Como toda atividade belgo-brasileira, não faltou a batata frita, mariscos catarinenses, cerveja e chocolate, degustados em meio a muitas conversas e abraços.
Patrick Herman - Patrick Pauwelyn - Marc Storms
Foto: Raul Neves - TV Gaspar
A exposição ficará exposta até 27 de novembro de 2022, data que comemora os 178 anos da chegada das famílias imigrantes. Estará aberta de segunda-feira até sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h, com entrada gratuita. A exposição será doada à Associação Ilha Belga de Ilhota para que continue o trabalho de divulgação, podendo ser montada integral ou parcial em outras cidades da região do vale Europeu, no Estado de Santa Catarina e em outros estados brasileiros.
De maneira presencial ou virtualmente, já que textos, áudios e vídeos da exposição podem ser acessados em Exposição "Colônia Belga e seus Descendentes no Vale do Itajaí" | Patrimônio belga no Brasil.
Venha conhecer as razões pelas quais essas famílias deixaram a pobreza na Bélgica para tentar novos caminhos no Brasil, o personagem central da colonização belga em Santa Catarina, o belga Charles Maximilien Louis Van Lede, como foi a viagem de 1844, cruzando o Atlântico e como viviam as colonas e colonos chegados em Ilhota, convivendo com a mata, as doenças e as inúmeras enchentes do Rio Itajaí. E, principalmente, também conhecer como as pessoas descendentes sobreviveram e possuem hoje muitas memórias, algumas delas compartilhadas no vídeo depoimentos!
Não existem muitos vestígios materiais dessa imigração, mas ela está presente e pode ser comprovada ao caminharmos pelas inúmeras ruas e avenidas do Vale do Itajaí que possuem sobrenomes belgas, tais como: Maes, Hostin, Maba, Castellain, Vilain, Conink, Gevaerd, Sutter, Wan-Dall...
Texto: Mara Luz
Edição TV Gaspar - 14 junho 2022.
Lei de Incentivo à Cultura, apoio e patrocinadores
Apoio |
Patrocínio | Realização |
Agradecemos as empresas pelo patrocínio da exposição “A colônia belga e seus descendentes no Vale do Itajaí”, projeto aprovado pela Lei Rouanet.
O curador da exposição é Marc Storms, coordenador do "Patrimônio belga no Brasil". Ela foi elaborada com a Associação Ilha Belga e é apoiada pelo Embaixador da Bélgica, Sr. Patrick Herman, o Cônsul Geral da Bélgica para São Paulo e região Sul, Sr. Matthieu Branders, o Cônsul Sr. Thomas Maes e o Sr. Jeroen Servaes, Cônsul Honorário em Florianópolis (SC).
Os textos da exposição são de autoria de Marc Storms, a partir de pesquisas bibliográficas e iconográficas, que orientou a seleção das imagens e a concepção expográfica. Ana Starling da Bizu [estúdio e editora] desenvolveu o design gráfico da exposição. Sueli Ana dos Santos, presidente da Associação Ilha Belga, coordenou os vídeo-depoimentos que foram gravados e editados por Raul Neves e sua equipe da TV Gaspar. Daniel Hostins, vice-presidente da Associação Ilha Belga, coordenou as pesquisas em relação às árvores genealógicas. Alessandro de Oliveira Amadeu da CQS/FV Advodagos coordenou a assessoria e orientação em clearance jurídico. Rafael Aleixo cuidou da contabilidade.