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Casa Tarumã - Manaus
Com localização privilegiada, à beira de um lago que desagua no rio Tarumã, em Manaus (AM), esta residência foi pensada minuciosamente pelo arquiteto belgaLaurent Troost com princípios de sustentabilidade – implantação adequada, beirais generosos, aberturas volumosas que ampliam a ventilação cruzada e a preservação dos sistemas ecológicos locais.
Para manter grande parte das árvores já existentes no terreno, minimizando o desmatamento, a estratégia arquitetônica foi inserir o volume principal no declive do terreno. Assim, a Casa Tarumã recebeu um layout inusitado: a piscina com deck e a área social estão na cobertura e os dormitórios no pavimento inferior.
Para enaltecer a conexão entre as áreas externas e internas e otimizar os fatores climáticos, a morada foi dividida em dois volumes: longilíneo e com formato de mirante, ambos interligados por uma passarela.
O primeiro volume abriga as funções que precisam de proteção contra intempéries, como as suítes (no térreo) e as salas de estar e jantar (no primeiro andar). Já no volume mirante, que não precisa de proteção do sol e das chuvas, ficam a área de serviços, o quaradouro, a sala de depósito (todos no térreo), a piscina com em deck mirante e a sala de estar (estas últimas no primeiro andar).
Uma estrutura em aço corten foi concebida independente dos outros espaços da casa. O elemento confere proteção ao volume principal e apresenta o formato duas águas com uma tiragem de ar na parte traseira, que permite a entrada de ventilação natural, mantendo oconforto térmico dentro dos ambientes.
Além disso, o telhado recebeu uma platibanda invertida (ao lado do sol poente) para maior proteção do sol equatorial e privacidade da casa.
A largura reduzida do volume principal foi planejada para conferir ventilação cruzada em todos os ambientes. Ademais, com janelas deslizantes em dois lados, a sala de estar envidraçada do pavimento superior permite uma integração total com a piscina, com o deck e com a natureza circundante.
Segundo Laurent Troost, parafraseando o roteiro de Armando de Holanda, “foi proposta uma arquitetura sombreada, aberta, contínua, vigorosa, acolhedora e envolvente que, ao nos colocar em harmonia com o ambiente tropical, nos incita a nele viver integralmente”.