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Quartéis para o Exército | GO, MG, MTS, PR, RJ, RS, SP, SC

Location: 
, Joinville - Santa Catarina

"Do portfólio da Companhia Construtora de Santos reunidos nos 17 anos em que atua diretamente na construção civil, os trabalhos para o Ministério da Guerra produzidos no período de 1921 a 1925, são os mais significativos" informa Gino Caldatto Barbosa na sua baseado na tese de doutorado "TRABALHO MODERNO: A Construtora de Roberto Simonsen" (USP - São Paulo, 2020). 

A construção das instalações militares para o Ministério da Guerra é diversificada e procura atender demandas próprias das estratégias de defesa de cada localidade. O conjunto edificado constitui de:

Goiás

  • Ipameri (1922-1923) | Quartel do 6o Batalhão de Caçadores.

Mato Grosso do Sul

  • Aquidauana (1921-1923) | Quartel do 6o Batalhão de Engenharia.
  • Bela Vista (1922-1924) | Quartel do 4o Regimento de Cavalaria Independente.
  • Campo Grande (1922-1923) | Quartel do 1o Regimento de Artilharia Mista, Quartel do 18o Batalhão de Caçadores, Hospital Militar.
  • Ponta Porã (1922-1924) | Quartel desmontável 11o Regimento Batalhão de Caçadores.

Minas Gerais

  • Itajubá (1922-1925) | Quartel do 4o Batalhão de Engenharia.
  • Ouro Preto (1922-1923) | Quartel do 10o Batalhão de Caçadores.
  • Pouso Alegre (1921-1925) | Quartel do 9o Regimento de Artilharia Mista.
  • Três Corações (1921-1922) | Quartel do 4o Regimento de Cavalaria Divisionária.

Paraná

  • Curitiba (1921-1924) | Hospital Militar, Quartel do 9o Regimento Artilharia.
  • Montada. Quartel do 5o Batalhão de Engenharia.

Santa Catarina

  • Joinvile (1921-1922) | Quartel do 13o Batalhão de Caçadores.

Quartel de Joinville - SC

São Paulo

  • Osasco (Quitaúna) (1921-1922) | Quartel do 2o Batalhão de Engenharia.
  • Pirassununga (1921-1922) | Quartel do 2o Regimento de Cavalaria Divisionária. 

Rio de Janeiro

  • Petrópolis (1922-1923) | Quartel desmontável 2o Batalhão de Caçadores.
  • Rio de Janeiro (1922-1925) | Quartel da Intendência Divisionária.

Rio Grande do Sul

  • Cachoeira (1922-1924) | Quartel do 3o Batalhão de Engenharia.
  • Caxias (1922-1923) | Quartel do 9o Batalhão de Caçadores.
  • Itaqui (1922-1924) | Quartel Desmontável do 1o Batalhão de Infantaria Montada.
  • Jaguarão (1922-1924) | Quartel do 3o Regimento Cavalaria Divisionária.
  • Lavras (1922-1925) | Quartel Desmontável do 13o Regimento Cavalaria Independente.
  • Livramento (1922-1924) | Quartel Desmontável do 7o Regimento Cavalaria Independente.
  • Montenegro (1922-1925) | Quartel Desmontável do 5o Regimento Cavalaria Independente.
  • Pelotas (1922-1924) | Quartel Desmontável do 9o Regimento Infantaria. Quarai (1922-1924) | Quartel Desmontável do 8o Regimento Cavalaria. Independente.
  • Rosário (1922-1924) | Quartel Desmontável do 2o Batalhão de Infantaria Montada.
  • Santa Maria (1922-1924) | Quartel do 1o Regimento de Artilharia Montada.
  • Santo Ângelo (1922-1924) | Quartel Desmontável do 4o Regimento Cavalaria Independente.
  • São Leopoldo (1922-1923) | Quartel do 8o Batalhão de Caçadores.
  • São Borja (1922-1924) | Quartel Desmontável do 2o Regimento Cavalaria Independente.
  • São Gabriel (1922-1924) | Quartel Desmontável do 9o Regimento Cavalaria Independente.
  • São Nicolau (1922-1924) | Quartel Desmontável do 3o Regimento Cavalaria Independente.
  • São Thiago (1922-1924) | Quartel Desmontável do 1o Regimento Cavalaria Independente. 
  • Uruguaiana (1922-1924) | Quartel Desmontável do 5o Regimento Cavalaria Independente.

Por meio do Departamento Técnico, da Companhia revisa e redefine os anteprojetos elaborados pela Diretoria de Engenharia do Exército. Coube ao Escritório Central, em São Paulo, desenvolver mais “de 600 folhas de projetos”, em reduzidíssimo tempo, com todos os detalhes necessários para orientação dos trabalhos no canteiro. No organograma da empresa, o escritório de São Paulo, sob a direção de Simonsen, atua com autonomia e concentra todas as obras fora de Santos. Entre os anos de 1922 e 1923, trabalha no Departamento Técnico os engenheiros Aldo Mário de Azevedo e Waldemiro Marcondes e o arquiteto belga Jules Mosbeux. No quadro dos profissionais atuantes na direção e administração das obras do quartéis, Simonsen acrescenta o arquiteto belga Philibert Schomblood a equipe do Escritório Central. Não foi possível precisar o seu tempo de dedicação do arquiteto nos projetos para os quartéis. Considerando que Schomblood supostamente permanece na firma entre os anos de 1919 a 1921, e o contrato com o Ministério registrado no mês de abril de 1921, teria no máximo nove meses para o envolvimento no trabalho.

As possibilidades criativas em elaborar soluções individualizadas para cada instalação militar, ao que parece, ficaram restritas na implantação dos edifícios no terreno. Todos os trabalhos foram iniciados dentro do período de maio de 1921 à julho de 1922, e a produção de alguns quartéis tiveram menos de um ano de duração, a exemplo das instalações de Pirassununga, concluídas em 11 meses . Em determinado momento, a maioria dos canteiros de obras estiveram mobilizados simultaneamente. Dessa dinâmica nasce um sistema rigoroso de organização da produção, fundamentado na administração científica.

Todo quartel erguido pela Construtora é dotado do conjunto de edifícios para atender administração, alojamentos, refeitórios, picadeiros, pavilhões de intendência, lavanderia, baias e depósitos. Comumente o pavilhão do refeitório está em posição central ao alojamento que contém a enfermaria. Na locação das baias para os equinos são determinantes a orientação dos ventos dominantes, evitando odores contra os dormitórios. Instalações elétricas, hidráulicas, drenagem, rede de abastecimento de água e rede de esgoto perfazem a infraestrutura implantada em cada instalação militar.

Texto elaborado por Marc Storms, baseado na tese (doutorado) do Gino Caldatto Barbosa "TRABALHO MODERNO: A Construtora de Roberto Simonsen" (USP - São Paulo, 2020)