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Cristais belgas na Bolsa de Café (Santos)

Bolsa de Café ou Palácio da Bolsa Oficial do Café transferiu-se em 1922 para o palácio construído especialmente para suas atividades, que funcionou até fins da década de 1970 quando foi abandonado. Após um restauro realizada em 1998, o palácio foi reinaugurado como o Museu do Café.
A história da nova sede da Bolsa de Café traduz arquitetonicamente a construção simbólica do espaço a ser ocupado pelo café no Brasil e no exterior. A construção do palácio, uma obra da Companhia Construtora de Santos, de estilo eclético é considerada a mais importante obra do período. Estilo, volume, cúpulas de cobre, grandes esculturas, vitrais, mármores, o trabalho de artífices estrangeiros e obras de arte construíram o discurso que relacionava a elite cafeeira aos primeiros bandeirantes enquanto construtores pioneiros de uma nação capitaneada por São Paulo.
A obra é marcada pela diversidade de origem do material de construção, com cimento e ferros da Inglaterra, telhas e pisos da França, mármores da Itália, Espanha e Grécia e ladrilhos da Alemanha. O interior do prédio também é luxuoso e requintado: cristais belgas, bronzes franceses, mármores italianos.
Os 48 cristais belgas foram colocados pela empresa Casa Conrado nos vãos das paredes divisórias do hall e secretaria, com ligações em latão.
Hoje, como sede do Museu do Café, o palácio oferece ao grande público não só sua beleza e suntuosidade, mas a possibilidade de percorrer a história que construiu o café brasileiro como patrimônio nacional e internacional, da planta à xícara.
Fotos (coloridas): Marc Storms, abril 2015