Porto Alegre sempre foi um próspero porto e dois negociantes locais, um brasileiro chamado Estácio da Cunha Bittencourt e um francês chamado Emílio Gembembre, abriram uma linha de bondes com tração animal entre o cais e o Menino Deus em primeiro de novembro de 1864. Esta foi a segunda linha de bondes do Brasil, precedida apenas pela linha da Tijuca, no Rio de Janeiro, aberta em 1859. A operação terminou no inicio de 1872.
Uma nova companhia, a Carris de Ferro Porto-Alegrense, fundada em 19 de junho de 1872, adquiriu novos bondes da companhia John Stephenson em Nova York, colocou novos trilhos de um metro de bitola ao longo da mesma rota, e abriu uma nova linha em 4 de janeiro de 1873.
Uma terceira companhia, Carris Urbanos de Porto Alegre, estabeleceu uma nova bitola padrão de 1.435 mm para os trilhos, e abriu novas rotas para os bondes em outras partes da cidade nos anos 1880.
Em 24 de janeiro de 1906 a CFPA e a CUPA se fundiram e formaram a nova Companhia Força e Luz Porto-Alegrense (CFLPA), que a partir de então passou a operar todas as linhas de bondes e os serviços de distribuição de energia elétrica na cidade. CFLPA iniciou a eletrificação das linhas de bonde, sedimentou a bitola padrão de 1.435 mm para os trilhos.
Em 1925 a CFLPA comprou dez bondes fechados da Ateliers de Construction Energie, de Marcinelle, Bélgica: cinco veículos com eixo simples, numerados de 88 a 92, e cinco com eixo duplo, numerados de 101 a 105.